O consumo de energia elétrica em Portugal aumentou 7,2% no mês de julho, face ao período homólogo, impulsionado pelas temperaturas acima dos valores normais que se fizeram sentir. No dia 13, uma quarta-feira, registou-se mesmo o consumo diário mais elevado de sempre em Portugal em período de verão, 163,5 GWh, ultrapassando o anterior máximo, registado em 2010. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis registou-se um crescimento homólogo mensal de 4,9%.
Nos primeiros sete meses do ano, o consumo cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 3,5%, ou 3,3% com correção da temperatura e dias úteis.
O regime hidroelétrico mantém-se seco, com um índice de produtibilidade de 0,30 (média histórica de 1), embora este valor tenha pouco significado, já que este é um período do ano em que as afluências são praticamente nulas. O regime eólico ficou também abaixo dos valores médios, registando 0,88 (média histórica de 1), enquanto nas fotovoltaicas foi mais favorável com 1,08 (média histórica de 1). A produção renovável abasteceu 36% do consumo, a produção não renovável 35%, enquanto os restantes 29% corresponderam a energia importada.
No período de janeiro a julho o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,34 (média histórica de 1), o de produtibilidade eólica 0,94 e o de produtibilidade solar 1,10. A produção renovável abasteceu 46% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 10%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 32% do consumo enquanto os restantes 22% corresponderem a energia importada.
Já o mercado de gás natural voltou a registar uma evolução mensal homóloga positiva, 5,4%, devido ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica que cresceu 38%. No segmento convencional mantém-se a tendência de quebra, com uma variação mensal homóloga negativa de 14,8%. O aprovisionamento do sistema nacional mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines.
No período de janeiro a julho, o consumo de gás natural está praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior, registando uma queda marginal de 0,3%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 47% no segmento de produção de energia elétrica.