O consumo de energia elétrica registou, em janeiro, o valor mensal mais elevado de sempre e apresentou um crescimento homólogo de 2,7%, com uma primeira quinzena muito forte devido às temperaturas baixas e uma segunda quinzena já em queda, com o novo confinamento. Com correção de temperatura e número de dias úteis o consumo contraiu 1,8%.
As afluências aos aproveitamentos hidroelétricos estiveram próximas dos valores normais para este mês, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,97 (média histórica igual a 1), enquanto nas eólicas se verificou um regime muito favorável com o índice de produtibilidade respetivo a registar 1,09 (média histórica igual a 1). Desta forma, 66,3% do consumo foi abastecido com produção renovável, repartida por hídrica com 30,6%, eólica com 28,7%, biomassa 5,5% e fotovoltaica 1,5%, enquanto a produção não renovável abasteceu 28,1%, repartida por gás natural com 24,1%, carvão com 3,6% e outras não renováveis com 0,4%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi responsável pelos restantes 5,6% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, o consumo foi mais intenso na primeira quinzena do mês, com o frio, tendo-se registado máximos históricos de consumo no sistema nacional, e menos na segunda quinzena do mês, altura em que se iniciou novo confinamento.
No final do mês o consumo total de gás natural registou uma variação homóloga negativa em 11,6%, prejudicado pela redução de 34% verificada no mercado elétrico, enquanto no segmento convencional se registou um crescimento de 1,9%.