O consumo de energia elétrica registou, em junho, um crescimento homólogo de 3,6%, ou 2,9% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. No primeiro semestre, o consumo cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 2,9%, ou 3,0% com correção da temperatura e dias úteis.
O regime hidroelétrico permaneceu extremamente seco, com um índice de produtibilidade de apenas 0,24 (média histórica igual a 1), tratando-se, para o mês de junho, do valor mais baixo em registo (desde 1971). O regime eólico ficou praticamente em linha com o a média registando 0,99, enquanto nas fotovoltaicas se situou em 1,06. A produção renovável abasteceu 38% do consumo, valor semelhante ao da produção não renovável, enquanto os restantes 24% corresponderam a energia importada.
No primeiro semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,34 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica 0,95 e o de produtibilidade solar 1,11. Neste período, a produção renovável abasteceu 48% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroelétrica com 11%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 31% do consumo, que é o valor mais elevado registado até hoje para o primeiro semestre, enquanto os restantes 21% corresponderem ao saldo importador, que é também o valor mais elevado de sempre registado no sistema elétrico nacional, para este período do ano.
No mercado de gás natural registou-se em junho uma contração de 7,5%, mantendo-se a tendência de quebra no segmento convencional, com uma variação mensal homóloga negativa de 15,1%, compensada parcialmente por um crescimento de 2,4% no segmento de produção de energia elétrica. O consumo para produção de energia elétrica foi mesmo o mais elevado de sempre para o 1º semestre. O abastecimento mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar este mês um valor praticamente nulo.
Nos primeiros seis meses do ano, o consumo de gás natural registou uma ligeira queda homóloga de 1,2%, resultado de um recuo de 22% no segmento convencional e de um crescimento de 49% no segmento de produção de energia elétrica.